A, B, C-ovid: especialista relembra cuidados básicos para evitar a doença

Infectologista relembra cuidados básicos com a Covid-19 (Foto: Reprodução/The Economist)

20 de janeiro de 2022

20:01

Malu Dacio – Da Revista Cenarium

MANAUS — Com os indícios de uma terceira onda de Covid-19 e um avanço de casos de gripe, influenza e também de Covid-19, registrando mais de 7 mil novos casos só na quarta-feira, 19, é importante relembrar aqueles primeiros cuidados passados pelas organizações de saúde e profissionais da saúde.

À CENARIUM, a infectologista Ana Galdino explica que o Amazonas vive o período de sazonalidade que dura de novembro a abril e explica que neste período o Estado registra altos índices de síndrome respiratória na cidade. “Naturalmente isso acontece. Agora, num contexto também da circulação do vírus que causa a Covid-19. Uma curiosidade é que essa cepa P1 basicamente saiu de todos os registros na atualidade”, disse.

A infectologista também responde perguntas que são frequentes há dois anos, desde o início da pandemia, mas que foram deixadas de lado com o passar do tempo. Ela afirma ser necessário manter os cuidados básicos.

“Nós temos que manter toda aquela questão das medidas. A questão do distanciamento e evitar as aglomerações. A pessoa ao identificar sintomática respiratória deve manter um certo isolamento até melhorar aqueles sintomas respiratórios, o uso de máscara em ambiente fechado e em ambiente não ventilado. Usar o álcool em gel quando nós pegarmos naquelas superfícies que várias pessoas pegam e procurar higienizar as mãos se não tiver como lavar”, declarou a infectologista

Quando ir ao médico? Quais são os sintomas de Covid-19?

Desde a chegada da variante Ômicron em Manaus, aumentou a procura por médicos e testes de Covid-19. A infectologista destaca ser necessário conhecer o próprio organismo para evitar uma sobrecarga do sistema de saúde.

“Isso é uma questão importante. Por quê? Hoje, nós estamos vendo o sistema principalmente do primeiro atendimento totalmente sobrecarregado. Então, nós precisamos conhecer o nosso organismo e conhecer as reações que acontecem. Se eu tive uma febre, nesse primeiro momento eu já tenho indicação de ir para o pronto-socorro? Não. Entendeu? Então, sentiu febre e dor no corpo, naquele primeiro momento você deve aguardar, observar como ali vai acontecer. Porque uma febre isoladamente pode ser ‘N’ coisas”, afirmou.

Então, quando ir ao pronto-socorro? Entre os sintomas estão: quando houver dificuldade para respirar, tosse persistente ou quando a febre é contínua por um período superior a 48 horas.

Agora se você tem febre, sintoma respiratório no contexto de ter tido contato de alguém com Covid-19, se torna um momento também de avaliação. “Até porque, às vezes, tem a questão de afastamento administrativo, afastamento de trabalho e que só acontece com atestado médico, na maioria das vezes”, explica.

Nova variante, mesmos cuidados

A nova cepa afeta as vias aéreas altamente. Está tendo um quadro realmente muito parecido com gripe. “Só que nesse período é o nosso período de gripe normal. Então o que nós estamos tendo é o período das influenzas. E agora o que está circulando é o H3N2 e com isso essa variante Ômicron”, disse.

A principal sintomatologia está sendo o quadro de infecção de via aérea alta como dor de cabeça, dor de garganta, o nariz entupido e com frequentes espirros. “A única forma de você saber se esse quadro é gripe ou é Covid é fazendo testagem. Não existe outra forma”, finaliza.