22 de julho de 2021

12:07

Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA (DF) – Mesmo com a retomada gradual no ritmo de produção de bicicletas, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) estuda, juntamente com as fábricas associadas, alternativas para resolver o principal gargalo para que a fabricação deslanche de vez: a escassez de insumos.

Na semana passada, a associação divulgou que as fabricantes de bicicletas localizadas no Polo Industrial de Manaus produziram mais de 355 mil unidades no primeiro semestre de 2021. O volume é 42,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de aproximadamente 249 mil bicicletas.

Segundo o vice-presidente do segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, a falta de sistemas de freios, transmissões, suspensões e selins dificultam a montagem de alguns modelos e provocam o desabastecimento do mercado. Estes materiais são procedentes principalmente do sudoeste asiático. A Abraciclo e suas associadas estão trabalhando com fornecedores locais para reduzir essa dependência de fornecedores globais. Atualmente, a demanda reprimida está entre 15% a 20%.

Existem outros componentes que não têm fabricação nacional, como, por exemplo, câmbios de velocidade ou os componentes eletrônicos, no caso das e-bikes. Cyro Gazola destaca que é necessário que os fornecedores nacionais passem a desenvolver componentes que estejam de acordo com os padrões de qualidade e tecnologia exigidos pelos fabricantes do PIM.