Base aliada da Aleam articulou tomada do Podemos de Amazonino; grupo se fortalece para 2022

Amazonino era “cacique” do Podemos desde o dia 20 de março de 2020 (Reprodução/Ione Moreno)

10 de julho de 2021

09:07

MANAUS – Há, aproximadamente, dois meses a base aliada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) iniciava uma articulação junto à Executiva Nacional do Podemos para a tomada do partido das mãos do ex-governador Amazonino Mendes, pré-candidato ao governo do Estado amazonense em 2022.

Amazonino era “cacique” do Podemos desde o dia 20 de março de 2020 e entrou na legenda para disputar a eleição de 2020 para a Prefeitura de Manaus, na qual saiu derrotado. Dois anos antes, ele, também, não teve êxito no pleito estadual em que perdeu para o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Com a conquista do Podemos, o partido passa a ser dirigido, novamente, pelo deputado estadual Abdala Fraxe, ex-presidente regional da sigla até 27 de março de 2019, quando foi para a tutela do deputado estadual Wilker Barreto.

Deputado estadual Abdala Fraxe é o novo presidente do Podemos no Amazonas (Aleam)

Wilker e o colega de Parlamento, Dermilson Chagas, também, filiado ao Podemos, deixaram o partido nesta sexta-feira, 9, com o “desembarque” de Amazonino. Os dois parlamentares fazem oposição a Wilson Lima na Assembleia Legislativa do Amazonas.

Parlamentares

Além de Wilker, Dermilson e Abdala, a Aleam tem como deputados Adjuto Afonso (PDT), Álvaro Campêlo (Progressista), Ângelus Figueira (DC), Belarmino Lins (PP), Cabo Maciel (PL), Carlinhos Bessa (PV), Delegado Péricles (PSL), Dr. Gomes (PSC), Mayara Pinheiro (PP).

Também, Fausto Júnior (MDB), Felipe Souza (Patriota), Joana Darc (PL), João Luiz (Republicano), Nejmi Aziz (PSD), Ricardo Nicolau (PSD), Saullo Vianna (PTB), Serafim Corrêa (PSB), Sinésio Campos (PT), Therezinha Ruiz (PSDB), Tony Medeiros (PSD) e o presidente da Assembleia, Roberto Cidade (PV).

Plenário da Assembleia Legislativa: tomada de Podemos evidencia força política de deputados (Aleam/2020)

O resultado positivo da base aliada com o episódio envolvendo a mudança no Diretório Regional do Podemos no Amazonas reforça a coesão dos deputados para as eleições gerais do ano que vem, quando a Casa passa por avaliação dos eleitores, apontou um cientista político.

Alinhamento

“A consequência positiva do alinhamento dos parlamentares governistas do Amazonas em torno da ampliação do arco de aliança para o próximo pleito refletirá, diretamente, no poder político do grupo”, explica o especialista.

Após a saída do Podemos, Amazonino Mendes, Wilker Barreto e Dermilson Chagas ainda procuram uma nova casa partidária. Há conversas deles com o DEM, do ex-deputado Pauderney Avelino, que na última eleição (2020) foi adversário do trio.

Hoje, o Podemos se intitula como partido independente no Congresso. A legenda possui um tempo médio de propaganda eleitoral na rádio e televisão, o equivalente a 2 minutos,  e uma significativa fatia do fundo partidário, R$ 78,9 milhões (2,51%).