Bombeiros confirmam seis veículos submersos que caíram de ponte na BR-319; uma picape foi removida

As buscas continuam pelo segundo dia no local em que veículos caíram (Reprodução/CBMA)

29 de setembro de 2022

19:09

Ívina Garcia – Da AGÊNCIA AMAZÔNIA

MANAUS – O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) retomou os trabalhos de remoção dos veículos e busca por vítimas na manhã desta quinta-feira, 29, após o desabamento da Ponte Rio Curuçá ocorrido na quarta-feira, 28, no quilômetro 25 da BR-319, próximo ao município do Careiro Castanho. Bombeiros encontraram mais uma vítima. Seis veículos continuam debaixo d’água.

A corporação confirmou a localização de mais uma vítima do acidente nesta quinta-feira, 29. Trata-se de uma mulher de cerca de 25 anos, já reconhecida por familiares que estavam no local. Todo o trabalho de necropsia será feito pelo Instituto Médico Legal (IML). Com isso, são quatro vítimas mortas no acidente. Das 14 pessoas feridas, 12 já tiveram alta médica.

Bombeiros levam o corpo da quarta vítima encontrada nesta quinta-feira, 29 (Reprodução/CBMAM)

Um veículo do modelo picape foi retirado das águas sem vítimas dentro. O comandante-geral do CBMAM, coronel Orleilso Muniz, revelou que o grupo de mergulhadores já identificou outros seis veículos submersos, entre eles um caminhão que está com a cabine amassada.

Pelo menos oito mergulhadores trabalham no resgate das vítimas do acidente (Reprodução/CBMAM)

Os nossos mergulhadores já localizaram um caminhão que está com uma cabine amassada, portanto, existe a possibilidade de ter pessoas presas às ferragens ainda embaixo d’água. Ainda hoje, pretendemos confirmar essa informação, considerando que a cabine onde está, o local é de difícil acesso e nós estamos removendo primeiro os veículos que estão em cima“, disse o comandante.

Coletiva de imprensa com o comandante-geral do CBMAM, coronel Orleilso Muniz (Ívina Garcia/CENARIUM)

De acordo com o comandante, a equipe de mergulho tem tomado todos os cuidados na execução dos trabalhos dentro do Rio Curuçá, isso porque apesar de o trecho ser curto, em largura, alguns trechos do rio possuem pelo menos 25 metros de profundidade.

É bastante profundo e, portanto, perigoso, e isso dificulta o trabalho. As vítimas que estão desaparecidas não foram retiradas ainda. Estamos trabalhando para manter o ambiente subaquático em segurança para que, na hora da retirada da vítima, não haja uma movimentação de veículo e venha prender o mergulhador, e ele venha se tornar outra vítima”, explicou o comandante.

Muniz não confirmou a existência de uma kombi com um grupo de pessoas, conforme boatos que surgiram na internet. Ele explicou que, até o momento, segundo o levantamento feito com base no reclame dos familiares, a equipe de buscas acredita que existam entre seis e oito vítimas ainda submersas.

O governador do Amazonas determinou a criação de um comitê de crise, na manhã de quarta-feira, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na Zona Centro-Sul da capital, sob a coordenação do secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur. Agentes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Defesa Civil e bombeiros trabalham no local.