13 de julho de 2021
13:07
MANAUS – Um dos adolescentes que desapareceu na tarde desta segunda-feira, 12, no igarapé do Franco, na Avenida Brasil, zona Oeste de Manaus, Moisés Alves Araújo, 17, teve o corpo encontrado por mergulhadores do Corpo de Bombeiros na madrugada desta terça-feira, 13, por volta da 0h31. As buscas pelo outro menino que desapareceu, Edmundo Alencar da Silva Neto, 17 anos, continuam desde 4 horas.
Segundo o tenente Barbosa Amorim, comandante do Pelotão Fluvial, as buscas estão sendo feitas por duas lanchas e o material utilizado para encontrar são duas cordas. “Uma corda com garateia e a outra com arrastão chamado espinhel, todos os dois são materiais distintos, porém com a mesma função que é fazer o arrasto e engatar o objeto para poder se inçado”, explicou o tenente sobre as buscas.
De acordo com informações de pessoas que estavam no local, os jovens estavam jogando futebol no Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, também localizado no bairro Santo Antônio, quando a bola caiu dentro do igarapé, e logo em seguida os jovens decidiram recuperar o objeto, entrando na água e se afogando. Além de Neto e Moisés, outro jovem também entrou na água, mas conseguiu se salvar. Ele foi levado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do São Raimundo.
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Imagens registradas por moradores mostram o momento em que os adolescentes estão se afogando no igarapé. Em um vídeo, é possível ver os jovens desaparecendo sob as águas, enquanto a população se desespera ao ver a tragédia.
Momento em que os amigos e familiares gritam pelo nome dos jovens desaparecidos (Reprodução/Internet)
Manifestação
Por conta da demora da equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) em se deslocar para o local, familiares e amigos chegaram a fechar uma das principais avenidas de Manaus, local onde ocorreu o fato, para chamar a atenção das autoridades.
A mãe de um dos jovens que ainda está desaparecido e não quis se identificar informou que a equipe do Corpo de Bombeiros não queria atender ao chamado ainda esta noite, e informou aos familiares que só iria começar as buscas na manhã de terça-feira, 13.
“Pela parte da manhã não resolve nada, a gente só vai sair daqui, eu só vou sair daqui a partir do momento que a gente puder encontrar, ou pelo menos puder sossegar, pois uma mãe tem que enterrar seu filho. É trágico, mas tem que enterrar, a gente jamais vai deixar as crianças dentro do igarapé”, afirmou a mãe, que não quis se identificar, chorando, após a notícia do desaparecimento do filho.