Buscas por paraquedista desaparecido em acidente não serão interrompidas, diz comitê

Equipes de busca intensificaram os trabalhos em zona alagada e da Ponte Rio Negro até a Ponta do Ismael (Reprodução: Ívina Garcia, via Revista Cenarium)

18 de abril de 2022

21:04

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – As buscas pelo advogado Luiz Henrique Cardelli, 33, desaparecido em acidente de paraquedas desde a última sexta-feira, 15, continuam nos arredores da Ponte do Rio Negro e orla do município de Iranduba. Equipes de busca intensificaram os trabalhos em zona alagada e da Ponte Rio Negro até a Ponta do Ismael.

Ao todo, são 4km da extensão da ponte e 15km de orla, contando da Ponta do Ismael até o Puraquequara, sendo monitorados por, pelo menos, 92 agentes da segurança pública e das Forças Armadas.

(Foto: Divulgação/SSP-AM)

Em coletiva de imprensa realizada na noite desta segunda-feira, 18, o coronel Cledemir Silva contou que ainda na sexta-feira, quando localizaram o corpo da outra paraquedista, Ana Carolina, pedaços do equipamento foram localizados com ela, podendo pertencer também ao Luiz. O que corrobora o pensamento de que a vítima pode estar nos arredores da ponte.

Além dos aparatos da equipe técnica, o coronel conta com o localizador GPS do celular que estava com Luiz no momento do acidente. Segundo o oficial, o último registro de localização do aparelho foi próximo à Ponta do Ismael, no bairro Compensa.

“Desde sábado nós trabalhamos com o sinal de celular dele que mapeamos, e a partir daquele ponto trabalhamos com raios de busca, mas até o momento não obtivemos sucesso.”

As equipes de buscas não descartam a hipótese de Luiz estar vivo, e segundo o coronel as informações sobre forte odor que se assemelha ao de decomposição não procedem.

“Nós contamos com a hipótese de estar vivo, pode estar na região infundada ou na margem próxima ao Encontro das Águas. No próprio sobrevoo, nós identificamos diversos itens e componentes que podem emitir odores que se assemelhem ao da decomposição de um animal ou corpo humano”, disse.

Operação

A operação continuará até que seja decidido, de forma técnica, pelo comitê, a interrupção da mesma. “Continuamos com a operação até decidirmos, tecnicamente, que não há mais possibilidade de encontrar, mas por enquanto está mantida a operação”.

O trabalho dos agentes só é interrompido por conta das fortes chuvas que atingem a capital desde o dia do acidente. “Ontem, a partir das 22h, começou a cair uma chuva intensa e isso dificulta a permanência das buscas. Dificulta, inclusive, levantar aeronave para realizar buscas. Então, de acordo com o tempo, a gente permanece, mais ou menos, durante a noite”, explica o coronel.

O coronel reforçou, ainda, o pedido de ajuda à população e agradeceu pela colaboração de ribeirinhos, canoeiros e de voluntários nas buscas. “Pedimos o apoio da população, para que caso visualize alguma coisa, nos avisem pelas redes sociais ou números de emergência, pelo 190 e 193, que iremos até o local por barco ou aeronave para onde for informado”, enfatizou.