Cacau na Amazônia: no Pará, cultivo do fruto tem projeção de aumento de 38,3% até 2031

O fruto do cacau (Reprodução/ Internet)

07 de março de 2022

14:03

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A produção de cacau e área de plantio na Amazônia deverá aumentar em 38,3% e 35,2%, no Pará, até 2031, respectivamente, segundo indica o relatório “Projeções do Agronegócio Brasil 2020/2021 a 2030/2031“, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As projeções indicam uma tendência de enfraquecimento do cultivo na Mata Atlântica, onde o principal produtor é a Bahia, e fortalecimento da atividade em Estados da região Norte e Nordeste, que integram a Amazônia, se feitas em “bases mais modernas”.

O relatório, criado da parceria entre o Mapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e instituições acadêmicas, indica que o cacau, principal matéria-prima para a produção do chocolate, tem apresentado, nos últimos anos, estabilidade da produção e da área colhida. “Mas é um produto que tem suportado diversas dificuldades ao longo do tempo – doenças, falta de investimento em pesquisa, entre outros”, aponta o documento.

Na Amazônia, o Pará é o principal produtor do fruto, mas o Estado de Mato Grosso também tem destaque. No Pará, a projeção é que o Estado produza 199 mil toneladas do fruto em 2031, e cultive 202 mil hectares até o mesmo ano. Mato Grosso poderá produzir 201 mil toneladas e cultivar 200 mil hectares.

Arte: Thiago Alencar

Agricultura no Norte

As projeções regionais do relatório indicaram ainda que Estados como Rondônia, Pará e Tocantins têm se tornado “importantes na produção agropecuária”. “As projeções regionais têm por objetivo indicar possíveis tendências de produtos selecionados nas principais regiões produtoras e regiões em expansão e também mostrar as previsões de forma um pouco mais desagregada”, indica a conclusão dos pesquisadores.

Enquanto o cultivo de cana-de-açúcar e soja deve abranger mais áreas até 2031 — expansão de área plantada de 11,3 milhões de hectares, sendo 10,3 milhões de hectares de soja e 1,0 milhão de hectares de cana-de-açúcar —, estima-se que a expansão de outros cultivos deve ocorrer em terras de grande potencial produtivo, como as áreas de cerrados situadas no Matopiba, que compreende terras situadas no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

A projeção ainda indica que Mato Grosso, que integra parcialmente a Amazônia, deve liderar a expansão da produção de milho na próxima década. A produção deve passar de 34,1 milhões de toneladas
na safra 2020/2021, para 47,3 milhões em 2030/2031. “Outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Paraná e Maranhão, embora projetem forte crescimento desse produto, as quantidades produzidas estão abaixo do observado em Mato Grosso”, salienta ainda a pesquisa.

Veja o relatório na íntegra:

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A produção de cacau e área de plantio na Amazônia deverá aumentar em 38,3% e 35,2%, no Pará, até 2031, respectivamente, segundo indica o relatório “Projeções do Agronegócio Brasil 2020/2021 a 2030/2031“, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As projeções indicam uma tendência de enfraquecimento do cultivo na Mata Atlântica, onde o principal produtor é a Bahia, e fortalecimento da atividade em Estados da região Norte e Nordeste, que integram a Amazônia, se feitas em “bases mais modernas”.

O relatório, criado da parceria entre o Mapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e instituições acadêmicas, indica que o cacau, principal matéria-prima para a produção do chocolate, tem apresentado, nos últimos anos, estabilidade da produção e da área colhida. “Mas é um produto que tem suportado diversas dificuldades ao longo do tempo – doenças, falta de investimento em pesquisa, entre outros”, aponta o documento.

Na Amazônia, o Pará é o principal produtor do fruto, mas o Estado de Mato Grosso também tem destaque. No Pará, a projeção é que o Estado produza 199 mil toneladas do fruto em 2031, e cultive 202 mil hectares até o mesmo ano. Mato Grosso poderá produzir 201 mil toneladas e cultivar 200 mil hectares.

Arte: Thiago Alencar

Agricultura no Norte

As projeções regionais do relatório indicaram ainda que Estados como Rondônia, Pará e Tocantins têm se tornado “importantes na produção agropecuária”. “As projeções regionais têm por objetivo indicar possíveis tendências de produtos selecionados nas principais regiões produtoras e regiões em expansão e também mostrar as previsões de forma um pouco mais desagregada”, indica a conclusão dos pesquisadores.

Enquanto o cultivo de cana-de-açúcar e soja deve abranger mais áreas até 2031 — expansão de área plantada de 11,3 milhões de hectares, sendo 10,3 milhões de hectares de soja e 1,0 milhão de hectares de cana-de-açúcar —, estima-se que a expansão de outros cultivos deve ocorrer em terras de grande potencial produtivo, como as áreas de cerrados situadas no Matopiba, que compreende terras situadas no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

A projeção ainda indica que Mato Grosso, que integra parcialmente a Amazônia, deve liderar a expansão da produção de milho na próxima década. A produção deve passar de 34,1 milhões de toneladas
na safra 2020/2021, para 47,3 milhões em 2030/2031. “Outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Paraná e Maranhão, embora projetem forte crescimento desse produto, as quantidades produzidas estão abaixo do observado em Mato Grosso”, salienta ainda a pesquisa.

Veja o relatório na íntegra: