Colóquio Amazônia: cultura e imaginário para superar preconceitos e incompreensões

Em formato online, o colóquio teve a participação de vários pesquisadores e escritores do Amazonas (apomares/iStock)

23 de setembro de 2021

20:09

Priscilla Peixoto – Da Cenarium

MANAUS – Com objetivo de promover a interlocução, valorizar produções culturais e arte amazônica, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) realiza, nesta quinta-feira, 23, o 2º Colóquio: Amazônia/Brasil com o tema “Amazônia – Cultura e Imaginário”. O evento conta com o apoio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia do Amazonas (SEC-AM).

Em formato online, o colóquio teve a participação de vários pesquisadores e escritores do Amazonas. E de acordo com o curador do evento e presidente do Conselho Municipal de Política Cultura de Manaus (Concultura), Tenório Telles, a iniciativa é uma oportunidade de aproximar a cultura da Região Norte ao restante do País.

Escritor e presidente do Concultura, Tenório Telles (Marinho Ramos/Semcom)

“É uma iniciativa pensada para aproximar e promover a interlocução entre os estudiosos, pesquisadores e lideranças populares e indígenas com as demais regiões do País. Uma oportunidade de impulsionar a troca de informações e superar preconceitos e incompreensões”, destaca Tenório.

O Fórum tem como público-alvo universitários, professores, pesquisadores e leitores interessados na temática amazônica. “O Brasil tem muito a aprender com as populações tradicionais da Amazônia e o dever de proteger as riquezas naturais e o seu diverso e rico patrimônio imaterial. É assim que vamos construir um futuro mais tolerante e baseado no diálogo e no respeito mútuo”, ressalta o escritor.

Difusão cultural

Para o antropólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Ademir Ramos, participante da programação com a mesa temática “As culturas ancestrais na Amazônia e o imaginário regional”, o “2º Colóquio: Amazônia/Brasil” traz a possibilidade de difundir a cultura amazônica, como produção material e simbólica, abrindo portas rumo a um ambiente favorável à história, cultura, valores e identidade locais.

Antropólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), José Ademir Gomes Ramos (Reprodução/Semcom)

“Fala-se muito em questões amazônicas, mas ressaltam muito mais a natureza e menos a cultura. Então, é hora de começar a discutir essa relação intrínseca entre cultura e natureza”, comenta Ademir, destacando que o espaços coletivos virtuais, como o colóquio, são uma ferramenta positiva para mostrar a riqueza amazônica.

“São estratégias que nos permitem apresentar nossas comunicações internas, mostrando nossa produção literária, nossa forma de pensar, viver e todo universo mítico, poético, histórico. Nossa narrativa tradicional é muito bem vista lá fora e quase sempre não se tem conhecimento. Parabenizo a iniciativa que difunde, sobretudo, os valores cosmológicos da nossa Amazônia”, finaliza Ademir Ramos.