Do Nokia ‘tijolão’ ao iPhone 12: relembre a evolução tecnológica e celulares que deixaram saudades
28 de fevereiro de 2021
10:02
Gisele Coutinho
MANAUS – A revolução dos smartphones alterou o cotidiano das pessoas ao longo dos anos. Desde a época do Nokia “tijolão” até a moda dos sistemas operacionais tecnológicos como Android e iOS, tudo é evolução ao longo de quase três décadas. É difícil imaginar uma realidade sem a predominância dos aparelhos na evolução do uso das redes sociais.
Com o celular, todas as informações estão ao alcance da palma da mão, basta ter um pacote de dados ou wi-fi em casa. No entanto, as trocas de mensagens em tempo real ou o compartilhamento da famosa selfie com os amigos nas redes sociais era algo incomum nas últimas duas décadas.
Veja a evolução dos telefones celulares:
1983 – O primeiro telefone móvel chega ao mercado. Produzido pela Motorola, o DynaTAC 8000x era um equipamento grande, que pesava quase 800 gramas e tinha 33 centímetros de altura.
Embora a tela fosse de LED, só era exibida uma linha de texto. A autonomia da bateria era baixa e durava apenas por uma hora. Com capacidade de gravar apenas 30 números de telefones, o preço de venda do modelo custou quase 4 mil dólares.
Flip
1989 – Os aparelhos diminuíram e ganharam o flip: Seis anos após o DynaTAC, uma versão menor do aparelho chegou às lojas. Com 11 centímetros a menos e metade do peso, o MicroTAC 9800X trazia um design inovador.
Com a frente de flip, que consistia em uma tampa que abre e fecha sobre o teclado. Ele foi lançado com a proposta de ser um “telefone de bolso”, para ser carregado para os lugares de um jeito mais prático que o anterior.
Telas sensíveis
1994 – As telas passaram a ser sensíveis ao toque: Considerado o primeiro smartphone do mundo, por ter mais funcionalidades que os demais celulares, o IBM Simon passou a ser comercializado em agosto de 1994. Ele contava com uma tecnologia muito comum hoje, mas inovadora para a época: as telas touch screen.
Além disso, ele apresentava ferramentas como calendário, calculadora e bloco de notas. Mas tanta novidade não conquistou o público da época, e o aparelho, que custava 700 dólares, vendeu poucas unidades e logo foi retirado do mercado.
Acesso à internet
1996 – Os primeiros passos para o acesso à internet: O Nokia 9000 Communicator foi o primeiro celular comercializado a acessar a internet. Entretanto, apenas duas operadoras da Finlândia viabilizavam essa conexão.
Visualmente, ele dava a ideia de um celular comum, mas tratava-se de um modelo flip com teclado QWERTY, tela larga na horizontal e botões extras para ajudar na navegação. Entretanto, a dificuldade de acesso e custo fez com que a conectividade fosse deixada de lado.
Cores
1998 – Um pouco de cor para os aparelhos: O S10 foi o modelo lançado pela Siemens que revolucionou os celulares, trazendo diferentes cores para a tela. Embora fossem apenas quatro (azul, branco, verde e vermelho), essa tecnologia foi vista como uma grande inovação. Dois anos depois, a Nokia lançou o 9210, com um LCD de 4.096 cores.
Câmera
2001 – Um novo recurso: a câmera: O J-SH04 da Sharp chegou às lojas para revolucionar o mercado em 2001. Ele trazia uma inovação que é essencial até nos dias de hoje: o celular com câmera fotográfica.
Ele permitia tirar fotos de 0,1 megapixel e enviá-las para outras pessoas diretamente do aparelho. Pouco tempo antes, a Samsung também lançou um celular que possuía câmera acoplada, mas pela falta de conectividade entre ela e o aparelho, não impactou tanto quanto o J-SH04.
Apple
2007 – Uma maçã tomou conta do mercado de celulares: Durante um evento da Apple, em janeiro de 2007, as pessoas conheceram o aparelho que revolucionou o mercado de dispositivos móveis: o iPhone 2G. Poucos meses depois do lançamento, mais de 1 milhão de unidades já tinham sido vendidas.
O iPhone 2G trouxe ao mercado um grande diferencial: os teclados físicos foram substituídos pela versão na tela, que era sensível ao toque. Ele contava com a primeira versão do sistema operacional iOS, desenvolvido especificamente para o produto. Com ele, surgiram também os aplicativos, incialmente vindos apenas de fábrica, e depois comprados pela loja virtual, a App Store.
Android
2008 – O robozinho que ganhou o mundo: Em setembro de 2008, o T-Mobile G1 trazia uma inovação: o sistema operacional desenvolvido pela Google, chamado de Android, que iria competir, posteriormente, com o sistema iOS da Apple. Ele trouxe consigo o Android Market, a loja de aplicativos da marca conhecida hoje como Google Play.
No ano seguinte, a terceira versão foi lançada e deu início ao hábito da marca de batizar o sistema com apelidos relacionados a sobremesas. O primeiro foi denominado Cupcake. O Android foi ganhando espaço e, atualmente, mais de 90% dos smartphones vendidos rodam este sistema operacional.
Siri
2011 – Conhecendo os assistentes pessoais: Lançada há 6 anos, a Siri, primeiro assistente pessoal de voz, marcou a evolução no relacionamento entre as pessoas e a tecnologia. Criada para controlar o smartphone apenas com a fala, esses serviços ganharam uma função extra: a de amiga virtual para o usuário.
Atualmente, além dos usuários de iOS, que contam com a Siri, os de Android também podem dar os comandos de voz para o Google Assistente. Outras marcas também estão lançando suas próprias versões, como o Bixby, da Samsung, e a Alexa, da Amazon.
E pensar que há pouco mais de três décadas não era possível imaginar tudo o que um celular poderia fazer, não é mesmo? Mas o mundo tecnológico não para e estamos sempre aprendendo coisas novas. Se você se interessa por tecnologias, faça o teste para provar se você realmente sabe tudo sobre o assunto.
Conectados
Uma pesquisa feita em 2019, pela Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Domicílios, constatou que de três em cada quatro brasileiros acessam a internet, o que equivale a 134 milhões de pessoas conectadas no País.
Desse total, os smartphones e outros aparelhos móveis são as ferramentas mais comuns para se conectar (99%). Seguidos dos computadores (42%), das TVs (37%) e dos videogames (9%). O levantamento desconsidera a soma das porcentagens, porque parte dos usuários usavam mais de um dispositivo para se conectar a internet.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até o mês de dezembro de 2020, o Brasil possuía 234,1 milhões de celulares. O que representa uma densidade de 110,07 celulares para cada 100 habitantes.