Eleições 2022: candidatos ao Governo do AM começam campanha eleitoral; veja o que marcou as primeiras horas

Candidatos ao Governo do Amazonas (Arte:Mateus Moura)

16 de agosto de 2022

13:08

Ívina Garcia – Da Agência Amazônia

MANAUS – A campanha eleitoral começou, oficialmente, nesta terça-feira, 16, ao redor do Brasil. Os candidatos inscritos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já podem fazer divulgação em carros de som, internet, comícios, caminhadas, carreatas, passeatas, adesivos em veículos e por alto-falantes até 1º de outubro.

O período da propaganda vai até o dia 1º de outubro, véspera do primeiro turno das eleições, que ocorre no dia 2 de outubro. No dia 26 de agosto, é iniciado o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, que vai até 30 de setembro para os candidatos que concorrem ao primeiro turno. O segundo turno, se necessário, está marcado para dia 30 de outubro.

Amazonas

Os candidatos ao governo do Estado do Amazonas já começaram os trabalhos nas primeiras horas da madrugada. Wilson Lima, que tenta reeleição pelo União Brasil, marcou ‘adesivaço’ em pontos estratégicos localizados em todas as zonas da cidade, a partir da 00h01. Pela manhã, o candidato publicou vídeo exaltando o trabalho do Amazonas contra “políticos poderosos do passado”. O subtexto de inovação política repete o norte utilizado na eleição de 2018.

“Pra crescer é preciso mudar”, disse o candidato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Eduardo Braga, em vídeo publicado nas primeiras horas da madrugada chamando para ‘adesivaço’ a partir das 00h15, em quatro pontos da capital. Essa é a quinta campanha de Braga ao Governo do Estado do AM, onde foi eleito em dois mandatos consecutivos.

O candidato Amazonino Mendes (Cidadania), que disputa o primeiro lugar empatado com o Wilson nas pesquisas, optou por uma campanha online nas primeiras horas. “O negão voltou”, slogan de campanha, estampado em publicação feita nas primeiras horas desta terça-feira, 16. Amazonino vem sendo alvo de críticas por conta do estado de saúde e dificuldades motoras e agora usa de estratégia de ter “cabeça jovem” para governar, apesar da idade avançada.

Ricardo Nicolau, do Solidariedade, também publicou vídeo falando sobre o início da campanha. “Vamos fazer o Amazonas do nosso jeito”, diz o candidato relembrando sua trajetória política, que iniciou em 1994, quando acompanhava o pai, Luiz Fernando, em campanha. Ricardo iniciou a vida política em 1996, como vereador de Manaus.

As candidatas Carol Braz (PDT) e Nair Blair (Agir) optaram por lançamentos modestos. “Chegou a hora de despertar”, escreveu Carol em publicação em uma rede social. Já Blair convidou seus seguidores para conhecer os projetos de governo. “Esse é parte do nosso time de filiados que traz as melhores propostas para o crescimento do Amazonas”, disse em legenda de foto com membros da campanha. Ambas as candidatas aparecem com menos de 2% nas pesquisas eleitorais divulgadas no fim de julho, pelo Real Time Big Data.

Já os candidatos Henrique Oliveira (Podemos) e Israel Tukuya (Psol) foram os únicos que não publicaram em suas redes sociais (Instagram e Facebook cadastrados no sistema do TSE) informações nas primeiras horas de campanha.

Relevância

Na visão do cientista político Helso Ribeiro, esse começo de campanha online é interessante para os candidatos, no entanto, muitos ainda acreditam na força da propaganda eleitoral na TV e rádio. “As pessoas querem atribuir apenas o poder da internet, que no meu entendimento é grande, mas não é o único. Então pode ser que gere uma influência. É um momento que parte do eleitorado, os mais idosos acompanham o período eleitoral pelo rádio e TV“, diz.

Em ano de disputa polarizada, até mais do que foi em 2018, o cientista político afirma ser preciso ter cuidado nas escolas. “É um momento que seria mais interessante agirmos com muito critério, escolhermos com muito cuidado, para que nós possamos ter os melhores representantes possíveis. Então quando se fala em ‘festa da democracia’ é porque cabe aos eleitores essas escolhas, e cabe o respeito dessas escolhas e da soberania popular“.

Entre as alterações na lei das campanhas eleitorais desse ano, a mais expressiva diz respeito à proibição da divulgação ou compartilhamento de informações falsas sobre o processo eleitoral, decisão criticada, inclusive, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido por fazer acusações falsas sobre as urnas e apuração. A nova legislação aprovada também possibilita a realização de shows e eventos para arrecadar recursos para a campanha e o impulsionamento de conteúdo na internet.