Eleições 2022: candidatos ao Governo dos Estados da Amazônia Legal devem superar desafios; saiba quem são eles

Na Amazônia Legal, pelo menos 20.072.823 eleitores estão aptos a votar neste pleito, de acordo com o TSE (Thiago Alencar/CENARIUM)

06 de agosto de 2022

16:08

Sara Araújo – Da Agência Amazônia

MANAUS – O primeiro turno das eleições gerais deste ano devem acontecer no dia 2 de outubro e com um possível segundo turno marcado para o dia 30 do mesmo mês. Na Amazônia Legal, que representa 13,73% da população brasileira, com 29.209.000 habitantes, pelo menos 68,72% estão aptos a votar neste pleito, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os números da última estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB), na Amazônia Legal, soma aproximadamente R$ 659.886 bilhões. O Pará concentra 27% desse total, junto com os outros dois maiores Estados: Amazonas e Mato Grosso, representando 64,9% de tudo que é produzido na região.

PIB dos Estados que compõem a Amazônia Legal (Reprodução)

O maior PIB per capita da região da Amazônia Legal é o do Estado do Mato Grosso, com R$ 40,8 mil, quase três vezes maior que o PIB per capita do Maranhão, que tem o menor PIB per capita dentre os nove Estados, com apenas R$ 13,7 mil. 

Em 2021, o Amazonas, onde está localizada a Zona Franca de Manaus (ZFM), foi responsável por 48,71% da arrecadação federal da 2ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil. A porcentagem equivale a mais de R$ 15 bilhões.

Desemprego

Um grande desafio a ser superado pelos governadores eleitos para comandar os Estados que compõem a Amazônia Legal será diminuir a taxa de desemprego na região. Ainda segundo o IBGE, em todo o País, o desemprego atinge 10 milhões de brasileiros, e embora a taxa, no Brasil, tenha caído para 9,8%, no segundo trimestre deste ano, na Região Norte o mercado de trabalho está desenhando uma nova configuração. A pesquisa mostrou que a população desocupada parou de procurar emprego registrado e escolheu o trabalho informal.

Leia também: Região Norte regista queda na taxa de desemprego, segundo IBGE; trabalho informal cresce

Taxa de desocupação no Brasil (Reprodução)

A taxa de desocupação do Amazonas (13,0%) segue maior do que a nacional, mas é a menor taxa observada no Estado desde o 1° trimestre de 2016 (12,9%). O Pará, segundo maior Estado da Região Norte, também apresentou redução significativa em relação ao trimestre anterior.

Veja os candidatos por Estado

Os números representam um desafio para os candidatos à eleição deste ano, nos Estados da Amazônia Legal. No Amazonas, Estado com 2.647.748 de eleitores aptos a votar, Wilson Lima (União), Amazonino Mendes (Cidadania), Eduardo Braga (MDB), Carol Braz (PDT), Henrique Oliveira (Podemos), Nair Blair (Agir), Ricardo Nicolau (Solidariedade) e Israel Tuyuka (PSOL) disputam a vaga de governador do Estado.

No Amapá, os candidatos Clécio (SD), Gesiel Oliveira (PRTB), Giafranco (PSTU), Jaime (PSD), Jairo Palheta (PCO) e Jean Bambam (Agir) disputam a preferência de votos dos 550.687 habitantes que estão aptos para escolher o novo comandante do Estado.

Com nove candidatos ao governo, o Estado do Maranhão possui o maior número de concorrentes: Carlos Brandão (PSB), Edivaldo Holanda Junior (PSD), Enilton Rodrigues (PSOL), Frankle Costa (PCB), Hertz Dias (PSTU), Joaz Moraes (Democracia Cristã), Lahesio Bonfim (PSC), Simplício Araújo (Solidariedade) e Weverton Rocha (PDT). No total são 5.042.999 eleitores aptos a exercer o poder do voto.

Sete candidatos disputam a preferência de 1.094.003 eleitores para assumir o Governo do Tocantins: Coronel Ricardo (PMB), Irajá (PSD), Karol Chaves (PSOL), Luciano de Castro (DC), Paulo Mourão (PT), Ronaldo Dimas (PL) e Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Em Rondônia, outros sete candidatos lutam pela cadeira de comandante do poder executivo estadual: Comendador Valclei Queiroz (Agir), Coronel Marcos Rocha (União), Daniel Pereira (Solidariedade), Ivo Cassol (PP), Lio Moraes (Podemos), Marcos Rogério (PL) e Pimenta de Rondônia (PSOL). O Estado tem 1.230.987 eleitores.

Já no Estado do Pará, oito candidatos concorrem ao cargo de governador e brigam pelos votos de 6.082.312 eleitores: Adolfo Neto (PSOL), Cleber Rabelo (PSTU), Felipe Augusto (PRTB), Helder Barbalho (MDB), Major Marconi (Solidariedade), Shirley Alves (Pros), Sofia Couto (PMB) e Zequinha Maranhão (PL).

Em Roraima, cinco candidatos estão na disputa pelos votos de 366.240 eleitores. Antonio Denarium (Progressistas), Teresa Surita (MDB), Fabio Almeida (PSOL), Juraci Escurinho (PDT) e Rudson Leite (PV) são os candidatos que almejam a vaga de governador.

No Acre, sete candidatos competem pelo governo: David Hall (Avante), Gladson Cameli (PP), Mara Rocha (MDB), Nilson Euclides (PSOL), Sérgio Petecão (PSD), Márcio Bittar (União) e Marcus Alexandre (PT) tentam convencer o eleitorado, composto por 588.433 pessoas, de que são as melhores opções para comandar o Estado.

Por último, no Mato Grosso, cinco candidatos estão concorrendo: Mauro Mendes (União), Moisés Franz (PSOL), Antônio Eduardo (Solidariedade), Marcia Pinheiro (PV) e Pastor Marcos Ritela (PTB). Os postulantes disputam os votos de 2.469.414 eleitores aptos a votar, segundo o TSE.