Entidade máxima de paraquedismo do Brasil suspende saltos em aeroclube de Manaus após acidente com paraquedistas

Entidade máxima de paraquedas do Brasil suspende saltos em aeroclube de Manaus após acidente com paraquedistas (Reprodução)

23 de abril de 2022

10:04

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS — A Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq), entidade máxima do esporte no País, suspendeu temporariamente as atividades de salto no Aeroclube do Amazonas, em Manaus, após o acidente, no último dia 15, que causou a morte da paraquedista Ana Carolina Silva e o desaparecimento do advogado Luiz Cardelli. A decisão foi publicada nessa sexta-feira, 22, pelo presidente do órgão, Uellinton de Jesus.

Segundo a portaria, a determinação é para que a suspensão seja até a finalização do Relatório de Investigação do Acidente (Relia), limitado a 30 dias a partir da data da ocorrência ou revogação da decisão da entidade.

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De acordo com o documento, a medida também afetará outros clubes e escolas filiados à Federação Amazonense de Paraquedismo (FAP). Ainda na publicação, a CBPq comunica que destinará recursos financeiros, no limite de suas possibilidades, para auxiliar nas buscas pelo paraquedista.

O acidente

A tragédia que resultou em morte ocorreu em meio à forte ventania que atingiu Manaus e as proximidades no município de Iranduba (a 28 quilômetros da capital), no último dia 15, quando pelo menos 14 paraquedistas realizaram saltos no Aeroclube do Amazonas, localizado no bairro Flores, Zona Centro-Sul da metrópole. 

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Entre os 14 paraquedistas, quatro foram levados pelo vento, mas apenas dois deles conseguiram pousar de forma precária no bairro Compensa, em Manaus. Ana Carolina caiu na água, entre a Ponte Jornalista Phelippe Daou e o distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba. Até o momento, apenas o corpo da jovem foi encontrado na manhã do último sábado, 16, no Cacau Pirêra.

Um inquérito foi instaurado para apurar as possíveis negligências do salto dos paraquedistas, que está sendo apurado pela equipe de investigação do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP) de Manaus. Além disso, um comitê de crise foi instalado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) para acompanhar o caso.

As buscas por Cardelli contam com cerca de 100 pessoas, entre agentes da SSP-AM, Corpo de Bombeiros, do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) e Secretaria Executiva-Adjunta de Operações (Seaop), Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e Marinha do Brasil.

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Além disso, a família do paraquedista ofertou uma recompensa de R$ 20 mil para quem localizar ou tiver informações sobre o paradeiro do advogado Luiz Cardelli.