Gestão na pandemia pressiona Paulo Guedes e abala independência do Banco Central

O novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia de transmissão de cargo. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

09 de abril de 2021

10:04

BC independente…sqn

Poucas semanas após a aprovação, pelo Congresso Nacional, da lei da independência do Banco Central (BC), pegou mal na turma que atende pela alcunha de “mercado” a desenvoltura com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ele serviu de “mestre de cerimônias” ao presidente Bolsonaro no jantar com empresariados. Alguns observadores entendem que fica “estranho o presidente do BC ciceronear o presidente em eventos fora da alçada imediata da política monetária”.

Tudo muda, menos…

Tudo muda, menos alguns setores da elite brasileira. Ao aplaudir a exposição do presidente sobre sua política de combate à pandemia, considerada mundo afora como a pior do planeta, o povo do PIB só reforça essa tese. Do tal jantar, novidade mesmo só a certeza de que a saída do ministro da Economia, Paulo Guedes – o que muito promete e pouco entrega – já não assusta. Julgam que Campos Neto, o mestre de cerimônias, está no aquecimento, pronto para entrar em campo caso Guedes peça para ser substituído.