‘JAIR GASTA O BRASIL PAGA’: consumo de Bolsonaro soma R$ 8,8 milhões com cartão corporativo

19 de maio de 2022

12:05

Diovana Rodrigues – Da Revista Cenarium

MANAUS – A “hasthtag” “JAIR GASTA O BRASIL PAGA” ficou em alta durante todo o dia na quarta-feira, 18, na rede social Twitter. Os internautas reivindicaram maiores explicações sobre os gastos realizados no cartão corporativo pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

A fatura do cartão de crédito é responsabilidade do Palácio do Planalto e paga por recursos públicos. Foram gastos R$ 8,8 milhões, de acordo com o Portal da Transparência, somente entre janeiro e maio deste ano.

Em resposta aos tweets, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, disse que Bolsonaro utiliza o dinheiro para “segurança” e mencionou o atentado ocorrido em 2018.

Lembrando que o cartão corporativo é utilizado para qualquer tipo de despesa da família presidencial, especialmente nas áreas de alimentação, transporte e hospedagem. O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a confidencialidade dos gastos, em novembro de 2019.

O senador Humberto Costa (PT-PE) questionou sobre a perda do “poder de compra” do salário mínimo, o aumento da inflação e comparou a baixa do salário mínimo com o aumento do salário presidencial.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) citou problemas sociais e econômicos, como a fome e o desemprego, em que o Brasil está submerso. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego ficou em 11,1% no primeiro trimestre de 2022. Já os dados mais atualizados sobre a fome divulgam que 19,1 milhões de pessoas (9% da população) estão em insegurança alimentar grave), de acordo com estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Pessan).

O perfil oficial do PT destacou que, em média, Bolsonaro gasta R$ 32 mil por dia no cartão corporativo. “Enquanto Bolsonaro segue na mamata, o salário do povo não garante nem o mercado do mês…”, destacou o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ).