02 de setembro de 2020

15:09

Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS – Estatísticas do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea) apontam que os sete Estados que compõem a região Norte detêm uma média de 6% dos acidentes de trânsito no País.

No levantamento realizado pelo Ipea, a cada dois anos, 1.809 ocorrências entre colisões e atropelamentos foram registradas somente nos últimos três meses de 2018, com 441 em outubro, 662 em novembro e 706 em dezembro.

Os Estados com maior índice de acidentes foram Rondônia com 759 ocorrências, Pará com 242 casos e Tocantins com 264 acidentes acumulados. A lista segue com 114 ocorrências de trânsito no Acre, Roraima com 110, Amapá com 82 e, fechando o grupo, Amazonas com 52 acidentes.

No “Atlas da violência” desenvolvido pelo Ipea e atualizado a cada dois anos, os dados são provenientes do Ministério da Saúde (MS) e das polícias brasileiras, que são disponibilizados para download, ou que podem ainda ser visualizados em vários formatos, como mapas e gráficos acumulados ao longo dos 20 anos de estudo.

Acidente em Manaus

Casos de acidentes na capital amazonense, como o do mototaxista Silas Campos Caldas, de 46 anos, corroboram com as estatísticas do Ipea. O motociclista morreu após ser atingido por um veículo sem controle na manhã da terça-feira, 1°, na avenida Constantino Nery, localizada na Zona Centro-Sul de Manaus.

De acordo com agentes do Manaustrans, serviço que monitora o trânsito na cidade, o choque ocorreu enquanto Silas trafegava no sentido Centro-bairro. Em um determinado momento, um carro em alta velocidade subiu o canteiro central, invadindo a pista e atropelando o trabalhador.

O condutor do veículo, identificado inicialmente como Alan Alex de Souza, também de 46 anos, ficou levemente ferido. Ambos foram atendidos, mas Silas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.

Registro internacional

Segundo o relatório global sobre a segurança no trânsito de 2018, lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), destacando que o número de mortes anuais no trânsito atingiu 1,35 milhão. E que lesões no trânsito são agora a principal causa de morte entre pessoas de 5 a 29 anos. 

A carga é desproporcionalmente suportada por pedestres, ciclistas e motociclistas, em particular aqueles que vivem em países em desenvolvimento. A OMS alerta para ações drásticas para desenvolvimento de políticas públicas para o trânsito e que tais medidas sejam postas em prática para atender a qualquer meta global futura que possa ser definida e salvar vidas.

Uma espécie de cronômetro da OMS estima a quantidade de pessoas vítimas do trânsito ao redor mundo. Para acessar o relatório, basta clicar no link da OMS.