Lula e Jair Bolsonaro aparecem empatados na região da Amazônia Legal

Dos cinco Estados que divulgaram pesquisa eleitoral para a Presidência, Lula está à frente, no Amazonas, com 52,4% das intenções de voto, contra 39,7% de Bolsonaro e 11,7% de brancos e nulos (Antonio Augusto/TSE)

30 de julho de 2022

09:07

Ívina Garcia – Da Agência Amazônia

MANAUS – A três meses da eleição para presidente da República, marcada para 2 de outubro, pesquisas eleitorais apontam para um empate técnico entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), na Região Amazônica.

Com base na pesquisa DataFolha, divulgada na quinta-feira, 28, Lula e Bolsonaro estão empatados, tecnicamente, na Região Norte, tendo 47% dos votos para o ex-presidente e 46% para o atual.

O levantamento não divulgou os dados de cada Estado, no entanto, a AGÊNCIA AMAZÔNIA buscou pesquisas locais que mostram que o cenário é incerto. Isso porque dos nove Estados da Amazônia Legal, quatro não possuem pesquisa divulgada.

Eleições 2022

Em um cenário de disputa de segundo turno, entre os candidatos, em três Estados da região, Bolsonaro sai na frente e em dois, Lula é o favorito.

Dos cinco Estados que divulgaram pesquisa eleitoral para a Presidência, Lula está à frente, no Amazonas, com 52,4% das intenções de voto, contra 39,7% de Bolsonaro e 11,7% de brancos e nulos. Outro Estado em que o ex-presidente sai na frente é o Maranhão, com 58% dos votos, contra 32% de Bolsonaro, enquanto brancos e nulos somam 8%.

(Thiago Alencar/Agência Amazônia)

Já no Estado do Acre, Bolsonaro é prioridade com 56,3% das intenções de voto, contra 34,8% do ex-presidente e, ainda, 14% de brancos e nulos. Assim como no Mato Grosso, onde Jair possui 47,5% dos votos, Lula está com 32,6% e brancos e nulos somam 6,2%.

O Estado com maior diferença percentual entre os dois é Roraima, onde Jair Bolsonaro vence com 64% dos votos, contra 25,67% de Lula e 10,7% de brancos e nulos.

Eleição de 2018

Nas eleições de 2018, quando Bolsonaro venceu Haddad, no segundo turno, por 55,13% contra 44,87%, a única região em que não levou a maior parte dos votos foi no Nordeste. Em contrapartida, o presidente havia ganhado prestígio nos Estados da Região Norte.

De acordo com dados do monitor “Geografia do Voto”, do Estadão, dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal, Bolsonaro venceu em quatro deles, por número de municípios votantes, enquanto Haddad venceu em cinco.

No Amazonas, Bolsonaro recebeu 885.401 votos, contra 875.845 de Haddad. No entanto, conforme o mapa do Voto, Haddad venceu em mais municípios, enquanto Bolsonaro ganhou em três, incluindo a capital Manaus, que possui o maior colégio eleitoral.

No Acre, Haddad saiu na frente em apenas dois municípios, com 86.977 dos votos válidos, contra a maioria esmagadora de 294.899 de Jair Bolsonaro.

Já no Estado do Amapá, apesar de a diferença de voto ter sido pequena, com 183.616 para Haddad e 185.096 para Bolsonaro, na visão dos municípios, o candidato petista teve um maior favoritismo.

Rondônia foi o único Estado da Região Amazônica unânime na escolha para presidente em 2018. Bolsonaro venceu Haddad com mais que o dobro dos votos. O presidente recebeu 594.968 votos contra 229.343 de Haddad. No mapa, nenhum município preferiu o candidato petista.

Em Roraima, o cenário foi parecido, Bolsonaro recebeu mais que o dobro dos votos válidos. Foram 183.268 para o atual presidente, contra 72.872 de Haddad, tendo esse, ganhado em apenas 3 municípios do Estado.

No Pará, Haddad foi escolhido em mais municípios que o atual presidente. Além disso, Fernando Haddad também foi campeão, no Estado, com 2.112.769 contra 1.742.188 do atual presidente.

No Maranhão, Haddad também foi preferência de voto na maioria das cidades, com quase o triplo de votos de Bolsonaro, com 2.428.913 votos contra 886.565 de Jair Bolsonaro.

No Mato Grosso, Bolsonaro também foi maioria na região e no número de votos. Com o dobro de Haddad, ele levou 1.085.824 contra 549.001 do rival.

Em Tocantins, apesar da grande disparidade entre o número de municípios que optaram por Haddad, o número de votos foi bem próximo. Sendo 371.593 para o representante do Partido dos Trabalhadores e 356.684 para Bolsonaro.