Lula joga Molon ‘na água’ e grava vídeo defendendo chapa Freixo-Ceciliano no Rio

O ex-presidente diz que no Rio só tem um candidato ao Senado, que é Ceciliano (Thiago Alencar/CENARIUM)

22 de julho de 2022

21:07

Informações do QG de campanha do ex-presidente Lula dão conta de que ele gravou um vídeo no qual deixa claro que sua preferência de chapa majoritária no Rio de janeiro é Marcelo Freixo para o governo do Estado e André Ceciliano para o Senado. No vídeo, o ex-presidente diz que no Rio “só temos um” candidato ao Senado, que é Ceciliano”. Com isso, segundo avaliação de líderes do partido, Lula estanca a crise no Estado. Ao mesmo tempo em que isola o deputado Alessandro Molon (PSB), Lula põe à margem a cúpula do PT, no Rio, encabeçada por Washington Quaquá, que defende rifar Freixo para ter dois palanques (Freixo e Rodrigo Neves, do PDT).

Crise carioca

O caso do Rio, terceiro maior colégio eleitoral e base do bolsonarismo, será analisado com mais cuidado pela executiva nacional do PT, na próxima terça-feira, 26. Se espera que o próprio Lula arbitre a disputa. Auxiliares do ex-presidente avaliam que os desentendimentos entre PT e PSB no local tão simbólico já causaram estragos à candidatura presidencial, permitindo a Bolsonaro um crescimento entre o eleitorado do Rio, que reflete nas pesquisas em nível nacional. Segundo auxiliares de Lula, o PT fluminense não abriu a crise, no Rio, mas hoje é parte dela.

Novo decreto

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que o Decreto 14.141, de 21 de julho de 2022, pode baixar em dez centavos o preço da gasolina e do diesel. A medida reduz custo das distribuidoras ao adiar para 30 de setembro de 2023 o prazo de cumprimento da meta de redução da emissão de gases do efeito estufa. O prazo anterior era 31 de dezembro deste ano. Esse foi o mais recente lance do governo para reduzir o desgaste político dos preços dos combustíveis. Outro decreto já obrigava postos de gasolina a informar aos consumidores o peso da tributação no valor cobrado. Além dessas medidas, o presidente Jair Bolsonaro já tinha obtido vitórias, no Congresso, para reduzir as alíquotas do ICMS, missão facilitada pelo amplo apoio dos parlamentares, inclusive, da oposição.

Falta a fonte

O Palácio do Planalto vai esperar até o dia 4 de agosto, último dia previsto na legislação, para sancionar o projeto que cria o Piso Nacional dos Enfermeiros. Não está decidido ainda que trechos podem ser vetados. O problema é que, ao aprovarem o texto, os parlamentares não indicaram a fonte de custeio para bancar o aumento para as categorias incluídas. O impacto do novo piso é de R$ 16 bilhões por ano no setor público e privado. O próprio presidente Jair Bolsonaro já havia dito que queria sancionar, mas também advertiu para o problema da falta de indicação de fonte de recursos para o pagamento do aumento.

PEC Marinha

O Senado pode autorizar a venda dos chamados terrenos de marinha, áreas que se estendem pelos quase 7.500 quilômetros de Costa brasileira, e abrangem o contorno das ilhas e das margens de rios e lagoas que sofrem influência das marés. Isso porque a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o tema foi desengavetada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e segue o “plano” de Bolsonaro de criar Cancúns no Brasil. Ambientalistas veem com preocupação o Congresso se debruçar sobre a PEC 39/11, já aprovada na Câmara, que altera a titularidade de áreas de União e o direito ao acesso livre às praias.