Monkeypox: sobe para quatro o número de casos confirmados de varíola dos macacos no Amazonas

Outros quatro casos suspeitos da varíola dos macacos permanecem em investigação e um novo foi descartado laboratorialmente (REUTERS/Eduardo Munoz/Direitos reservados)

07 de agosto de 2022

10:08

Bruno Pacheco – Da Agência Amazônia

MANAUS – O número de casos confirmados de varíola dos macacos, a Monkeypox, subiu para quatro nesse sábado, 6, no Amazonas, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). Segundo a pasta, outros quatro casos suspeitos da doença que permanecem em investigação e um novo foi descartado laboratorialmente.

O cenário epidemiológico da Monkeypox no Estado foi disponibilizado no link. Em nota, a FVS-RCP esclareceu que, de acordo com o trabalho de investigação e vigilância que vem sendo realizado, os casos da doença são importados. Ou seja, quando não há transmissão local. “Todos os pacientes confirmados têm histórico de viagem recente”, reforçou a pasta.

De acordo com a nota da FVS-RCP, o novo paciente diagnosticado com a doença é um indivíduo do sexo masculino, com faixa etária de 30 a 40 anos, que apresentou histórico de viagem para outro Estado. O homem deu entrada no serviço de saúde no dia 1º de agosto e foi notificado como caso suspeito, até a confirmação da infecção pela varíola dos macacos.

“Essa pessoa apresentou febre de início súbito, adenomegalia, fraqueza, erupção cutânea na face, nos membros superiores, inferiores e no tronco, sete dias após chegar em Manaus. Ele procurou o serviço de saúde, onde foi notificado e recebeu orientações para manter isolamento domiciliar”, informou a fundação, em trecho do documento.

Varíola dos macacos

O primeiro caso de Monkeypox no Amazonas foi registrado no último dia 28 de julho. O paciente também seria um homem com idade entre 25 e 40 anos que reside em Manaus e que, segundo a FVS-CRP, sentiu os primeiros sintomas característico da doença no dia 7 de julho, durante uma viagem a Portugal, como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça e erupção cutânea.

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segundo caso foi confirmado em 2 de agosto pela Fundação de Vigilância em Saúde. De acordo com a pasta, o paciente do sexo masculino tem idade entre 25 e 40 anos. No mesmo dia, a FVS-RCP também registrou outro caso de um homem residente em outro País e que, por estar em Manaus a trabalho, a notificação será feita na cidade onde ele tem residência fixa, de acordo com orientações das autoridades nacionais em saúde. Ou seja, não contabilizando como caso do Amazonas.

O terceiro caso da doença no Estado foi confirmado na última quarta-feira, 3, pela FVS-RCP. O paciente é do sexo masculino com idade entre 20 e 25 anos, residente em Manaus, mas que está em viagem de férias em outro Estado desde 10 de julho de 2022.

Ao todo, o Amazonas tem dez notificações de suspeitas da doença: quatro confirmados laboratorialmente; quatro suspeitos em investigação pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Manaus (CIEVS-Manaus); dois casos descartados após exame laboratorial.

“A FVS-RCP destaca que toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e interior, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de Monkeypox”, comunicou a fundação.

Emergência global

A doença varíola dos macacos foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma emergência de saúde pública global em 21 de julho deste ano. A medida visa uma ação mundial e coordenada para controlar o surto do vírus e parar a transmissão.

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A varíola dos macacos é considerada como uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas.