Morar em ‘casa de pescador’ é a nova proposta do turismo de experiência no Amazonas

Uma morada cabocla no melhor estilo amazônico, com conforto e rusticidade, bem de frente para o paraíso natural do Parque de Anavilhas. (Ricardo Oliveira/ABH-Divulgação)

15 de junho de 2020

17:06

Mencius Melo – da Revista Cenarium

Com os efeitos do isolamento provocado pela pandemia aos poucos sendo superados, o turismo na região volta a respirar. A novidade é que os amazonenses estão descobrindo o valor de ‘viver as coisas da terra’.

A Amazon Best Homes está reabrindo as portas da ‘Casa Madadá’, uma casa em estética rústica amazônica, ao melhor estilo ribeirinho, localizada em Novo Ayrão (a 196km de Manaus pela estrada AM 352), de frente para a entrada do Parque Nacional de Anavilhanas e do famoso flutuante dos botos.

A proposta é fazer o turista viver uma experiência de beira de rio, como se ali habitasse há muito.

Para Geyna Brelaz, diretora executiva da ABH, a ideia é fazer um turismo com a cara do povo da região. “Nossa proposta é alugar a casa para o turista viver como se morador fosse, com o pleno domínio do ambiente, fazendo as atividades rotineiras”, sintetizou.

Mesmo com a voluntária vontade de viver como um amazônida, o visitante tem a disposição um auxílio extra. “Temos uma diarista a disposição, mas, geralmente eles (os turistas) a dispensam pouco depois do meio dia”, observou a executiva.

Ainda segundo ela, o conceito é de turismo de experiência, onde o cliente vive de fato, como um habitante do ecossistema. “Na casa o morador cozinha, limpa, lava, cuida e faz tudo como proprietário do espaço”, descreveu.

Bonita, simples e aconchegante, a casa cabocla em Novo Ayrão é a aposta da ABH para atrair turistas para o Amazonas, no pós pandemia. (Ricardo Oliveira/ABH-Divulgação)

Franceses, italianos e amazonenses

A executiva da ABH comentou sobre o público antes da pandemia. “Estamos com esse projeto há um ano, mas, veio a pandemia e tivemos que colocar tudo em stand by”, lamentou.

Segundo Geyna, a clientela era composta por turistas internacionais. “Recebemos franceses, italianos, suíços”, elencou. “Mas, os amazonenses – principalmente da capital – por conta da pandemia, estão redescobrindo o valor, a tranquilidade e a beleza da nossa região”, elogiou.

Com a reabertura de Novo Ayrão hoje,15, a cidade volta aos poucos a receber visitantes. “Durante a pandemia, recebemos muitos pedidos de turistas que queriam se isolar na Amazônia, para fugir do vírus, mas, Novo Ayrão entrou em isolamento e nós obedecemos aos protocolos”, informou Geyna Brelaz.

Mais casas, mais experiência…

Com varandinha de frente para o rio e projeto luminotécnico adequado às noites amazônicas, a casa está inserida na paisagem bucólica de Novo Ayrão. (Ricardo Oliveira/ABH-Divulgação)

Como o formato vem dando certo, a ABH decidiu investir e outras duas casas estarão à disposição de quem quiser viver como um autêntico ‘caboclo/cabocla’. “Vamos entregar mais uma casa no dia 30 de junho e uma terceira em setembro”, adiantou.

Instada pela reportagem da REVISTA CENARIUM, se o tempo de permanência pode alcançar longas temporadas, a executiva informou que isso é não é possível.

“Temos pedidos para longas temporadas de até um ano, mas, não podemos aceitar essa forma de contrato porque assim privamos outras pessoas de viverem essa experiência única”, acentuou Geyna. “Tem gente que já falou até em comprar, mas, ainda não somos uma imobiliária”, esclareceu aos risos…

Além da casa, a ABH também disponibiliza um barco para passeios nos rios da região e um quadriciclo para passear nas ruas de Novo Ayrão e nas belas praias da frente da cidade.

“Quem adquire o pacote, tem a sua disposição a vida urbana de Novo Ayrão e a natureza exuberante da Amazônia”, realçou Geyna. “É uma experiência para ser lembrada a vida toda”, finalizou.

Quem quiser conhecer ou mesmo fechar um pacote na Casa Madadá basta acessar o endereço eletrônico: https://abnb.me/NMCO08Hul7. Lá estão contatos, valores e demais viabilidades.