15 de agosto de 2022

14:08

Ívina Garcia – Da Agência Amazônia

MANAUS – Há 47 dias do primeiro turno das Eleições 2022, que devem ocorrer em 2 de outubro, os candidatos à Presidência que encabeçam a disputa polarizada: Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), já possuem palanques para o cargo de governador do Estado em quase todos os Estados que compõem a Amazônia Legal.

Existe uma diversidade nas alianças pelos Estados, tendo, inclusive, partidos opostos nacionalmente compondo palanques locais, como por exemplo no Amapá, único no Brasil a ter um candidato, Clécio Luís, do Solidariedade, que apoia a candidatura de Lula, mas tem suporte do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Ciro Gomes e do União Brasil, que faz palanque nacionalmente para Bolsonaro.

Clécio também aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais ao governo, com 29,7% das intenções, ficando atrás do vice-governador e candidato ao Governo do Amapá Jaime Nunes do (PSD), que soma 37,7% das intenções no 1º turno, segundo levantamento do Doxa Pesquisas.

O presidente Bolsonaro não possui um nome definido para representante no Estado do Amapá. No entanto, o candidato Gesiel Oliveira (PRTB) é abertamente apoiador do presidente, que inclusive encontrou Bolsonaro pelo menos três vezes em 2022. Nas pesquisas, Gesiel aparece com 3,3% das intenções de voto.

No Amazonas, a disputa fica entre Eduardo Braga (MDB), que apesar de fazer parte do partido de Simone Tebet, também candidata à Presidência, é o nome de Lula que está apoiando-o contra o atual governador e candidato à releição, Wilson Lima (União Brasil), candidato de Bolsonaro. Braga aparece em terceiro lugar nas pesquisas, com 17% das intenções de votos, enquanto Lima empata tecnicamente com Amazonino com 28% das intenções cada, de acordo com a pesquisa do Real Time Big Data, de julho.

O atual governador do Acre, Gladson Cameli (PP), compõe o palanque de Bolsonaro. O candidato chegou a participar de um café da manhã organizado pelo presidente no Palácio da Alvorada para integrantes do Progressistas, partido que faz parte da base do presidente, que aconteceu no último dia 11 de agosto. Gladson está na frente da disputa para reeleição no estado, com 41% das intenções de voto.

Lula não possui palanque definido no Acre, porém, Jorge Viana é candidato do Partido dos Trabalhadores, mesma sigla de Lula. Jorge não aparece na pesquisa estimulada, realizada pelo Real Time Big Data de junho, onde Gladson lidera, no entanto, na pesquisa espontânea, ele tem 3% das intenções de voto.

O candidato ao Governo de Roraima, Antonio Denarium, membro do partido Progressistas (PP), também esteve no café da manhã promovido pelo presidente Bolsonaro. Denarium tenta reeleição para o cargo de governador e aparece em segundo lugar nas intenções de voto (36%), ficando atrás da candidata do MDB, Teresa Surita (47%). No Estado, Lula é representado pelo candidato do Partido Verde, Rudson Leite, que aparece com apenas 1% das intenções de votos na pesquisa de junho do Real Time Big Data.

Em Rondônia, o candidato Marcos Rogério representa o atual presidente, que chegou inclusive a gravar um vídeo dizendo que visitaria o Estado antes das eleições de outubro. Apesar de não ter pesquisas recentes, em junho, Marcos aparecia em segundo lugar nas intenções de voto, com 18%. Ficando atrás do candidato à reeleição, Marcos Rocha do União Brasil, que estava com 32% das intenções.

O candidato de Lula em Rondônia, Daniel Pereira (Solidariedade), não apareceu na pesquisa do Real Time Big Data de junho, isso porque na época estava sendo cogitado ao Senado. No entanto, teve a candidatura para governador lançada em 31 de julho.

Representante mais expressivo de Lula na Região Norte, e candidato à reeleição, Helder Barbalho (MDB) ainda não havia selado apoio ao ex-presidente até o início de agosto, quando, durante convenção partidária da coligação “Federação Brasil da Esperança“, composta por PT, PV e PCdoB no Pará, a aliança foi selada. Saindo da sigla de Tebet, igual Braga, Barbalho aparece bem à frente nas pesquisas, com 62% de intenções de votos, seguido pelo candidato e representante de Bolsonaro no Estado, Zequinha Marinho (PL), que aparece apenas com 10% das intenções.

No Maranhão, Lula possui o candidato Carlos Brandão (PSB) em seu palanque. Os dois chegaram a se encontrar em abril, durante evento nacional do Partido Socialista Brasileiro. Brandão aparece na primeira colocação na pesquisa eleitoral de julho, do Escutec, com 27% das intenções de voto, seguido por Weverton Rocha (PDT), com 22%. Rocha faz parte da sigla do também candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT). No entanto, possui apoio do Partido Liberal de Bolsonaro.

Candidato à reeleição, Mauro Mendes (União Brasil) faz palanque para o atual presidente no Mato Grosso. A chapa, que inclui o empresário Otaviano Pivetta como vice, ganharam mídia após declararem, juntos, mais de meio bilhão de reais ao TSE. Em abril, Bolsonaro já havia dito que estava “fechado 100%” com Mauro.

O ex-presidente não possui nome definido no Estado, no entanto, Márcia Pinheiro (PV) é apoiada pelo presidente do PT local, Valdir Barranco, e pode vir a oficializar a aliança no evento marcado para o próximo dia 20 de agosto, com a presença de Lula, para lançamento oficial da candidatura da primeira-dama da capital.

Nas pesquisas eleitorais de Mato Grosso, feitas em junho, Márcia ainda não aparecia na lista de candidatos. Já Mauro aparecia na frente, com 45,2% das intenções de voto, segundo pesquisa do Percent Brasil.

No Tocantins, o partido de Bolsonaro tem como candidato o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PL), que aparece com 24% das intenções de voto em pesquisa divulgada no dia 1º de agosto, pelo Real Time Big Data. O candidato fica atrás de Wanderlei Barbosa (Republicanos), que aparece com 24%, e também apoia a reeleição de Bolsonaro. Já o candidato de Lula, Paulo Mourão (PT), aparece com apenas 6% das intenções de voto para o cargo.