Pará lidera geração de empregos no setor agropecuário da Região Norte, aponta Dieese

Em segundo lugar na geração de empregos no setor agropecuário está o Estado Rondônia (Reprodução)

06 de agosto de 2021

08:08

Danilo Alves – Da Cenarium

BELÉM (PA) – Um estudo publicado, nesta semana, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), apontou a geração de 2.162 postos de trabalho na área agropecuária do Pará, em junho de 2021. O resultado põe o Estado em primeiro lugar da Região Norte em admissões com carteira assinada neste setor. 

Conforme Everson Costa, técnico de pesquisa do Dieese, o estudo foi elaborado com base em informações oficiais do Ministério da Economia, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caed) e revela que o setor é um dos que mais cresceu nos últimos 12 meses, com formação de empregos formais nas diversas ramificações da agronegócio.

“No ano passado, a cada 100 empregos gerados, 38 foram no setor agro. De toda a população economicamente ativa do País, 13% dos trabalhadores estão no agronegócio. O setor emprega profissionais com formações diversas, dentre eles engenheiros agrônomos, geólogos, engenheiros florestais, biólogos, engenheiros de biossistemas, veterinários, zootecnistas, administradores, entre outros”, explicou.

Em segundo lugar na geração de empregos no setor agropecuário está o Estado Rondônia, com saldo de 508 empregos, em junho de 2021. Em seguida, o Tocantins, com 425 novos postos de trabalho. Em último lugar, ficou o Estado do Amapá, com 11 admissões.

Educação e agronegócio

Há 16 anos, a professora de Zootecnia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Edwanna Rodrigues viu a oportunidade, através da educação, em implantar o próprio negócio no interior do Estado. No município de Capanema (distante 150 quilômetros de Belém), ela possui uma empresa de assessoria agropecuária para produtores da região.

“Durante as atividades práticas com meus alunos, produtores rurais começaram a me perguntar sobre as atividades que eu executava, como coleta de solo, adubação, cuidado com a pastagem. Após o ‘sim’, eu comecei a compreender melhor como funciona o sistema de agricultura, principalmente a agricultura familiar”, comentou.

Ela ainda disse que, durante o processo de evolução da empresa, pôde perceber o empenho da força de trabalho e dos empresários em se especializar no assunto, implementando, assim, novas técnicas para um resultado de maior excelência.

“Atualmente, como zootecnista, trabalhamos a nutrição animal voltadas para as propriedades rurais. Desde lá não parei mais, formando novos profissionais na área das agrárias, veterinárias, como engenheiros agrônomos, técnicos zootecnistas, veterinários. E isso é muito importante para a formação daqueles que vivem do agro”, concluiu.

Professora de Zootecnia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Edwanna Rodrigues se tornou empresária no ramo agrário (Vídeo: Divulgação/arquivo pessoal).