Principais capitais do Norte, Belém faz marcha contra as drogas e Manaus pela liberação da maconha

Os eventos não eram realizados desde 2019, antes da pandemia da Covid-19 (Reprodução)

25 de junho de 2022

13:06

Bruno Pacheco – Da Agência Amazônia

MANAUS – As principais e maiores capitais da Região Norte, Belém e Manaus realizam neste sábado, 25, duas marchas contra e a favor das drogas: enquanto a população do Pará faz campanha por políticas de prevenção e combate aos entorpecentes, na Semana Paraense de Prevenção e Combate ao Uso de Drogas, os manauaras vão às ruas pela liberação da maconha, também em uma marcha.

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Os eventos não eram realizados desde 2019, antes da pandemia da Covid-19. Na capital paraense, a caminhada aconteceu na manhã deste sábado, 25, e foi organizada pelo Conselho Estadual de Drogas, vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), do governo do Estado. A iniciativa visou alertar aos jovens sobre os danos causados pelo uso de drogas.

Com o tema “A prevenção é o melhor caminho”, a Marcha Contra as Drogas de Belém mobilizou cerca de duas mil pessoas, segundo a organização, que se reuniram em frente ao Teatro da Paz, na Praça da República, no Centro, e seguiram em caminhada até a avenida Nazaré, perto da Basílica Santuário. O grupo estendeu cartazes em defesa da família e contra as drogas e foi conduzido por um trio elétrico.

Marcha da Maconha

Em Manaus, a Marcha da Maconha ocorre a partir das 15h, na Praça da Saudade, no Centro da cidade. A caminhada seguirá pela avenida Epaminondas e finaliza na Praça Desembargador Paulo Jacob e contará ainda com uma atividade cultural e performances de artistas previstas para as 17h20. Com o tema “Pelo fim da guerra, vencendo a fronteira do preconceito”, o ato pela a legalização do entorpecente.

Ato terá concentração na Praça da Saudade, no Centro de Manaus (Divulgação)

Os organizadores do evento defendem que o plantio e o cultivo da maconha devem ser um direito de todas as pessoas. “Somos a favor da legalização e do plantio domiciliar para uso medicinal e recreativo da planta Cannabis Sativa. A fim de discriminalizar e trazer a Cannabis Sativa para aprimorar ainda mais nossa economia com seus mais variados produtos”, destacou a organização, em comunicado nas redes sociais.

Protegida

Na última quinta-feira, 23, um portaria publicada no diário eletrônico do Ministério Público do Amazonas (MPAM) defendeu que a Marcha da Maconha em Manaus está protegida por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão, no entanto, destacou que a Corte não acata a autorização de práticas ilícitas, como o uso, a venda, a posse e o comércio de drogas durante o ato.

Documento foi publicado no diário eletrônico do Ministério Público do Amazonas (MP-AM)

Na publicação, o promotor de Justiça Antônio José Mancilha cita o artigo 5º da Constituição Federal, que dispõe sobre todos serem iguais perante a lei, “sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.