Segunda maior indústria de alimentos do mundo, JBS lança programa ‘Juntos pela Amazônia’

Programa Juntos pela Amazônia foi lançado na manhã desta quarta-feira, 23, pelo YouTube (Reprodução/ Internet)

23 de setembro de 2020

09:09

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium

MANAUS – Impulsionado pela pressão mundial a respeito da importância da preservação da Amazônia, a segunda maior indústria de alimentos do mundo, a JBS lançou nesta quarta-feira, 23, por meio de uma live das redes sociais, o programa Juntos pela Amazônia.

O Juntos pela Amazônia é um conjunto de iniciativas com visão de longo prazo que visam aumentar a conservação e o desenvolvimento do bioma, engajando o setor e propondo ações para além da cadeia de valor da Companhia.

“A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo. O bioma é determinante para todo o regime de chuva na América do Sul e é o lar para mais de 20 milhões de pessoas. As empresas precisam promover o desenvolvimento social da região sem nunca abrir mão da preservação. Temos um compromisso histórico com o bioma, inclusive com a seleção dos fornecedores com transparência e monitoramento”, afirma o presidente da JBS e Seara, Wesley Batista Filho.

O programa integra a prioridade Mudanças Climáticas, do plano de metas globais de sustentabilidade da Companhia, apresentado em 2019. Os pilares fundamentais do Juntos pela Amazônia são: (i) desenvolvimento da cadeia de valor; (ii) conservação e recuperação de florestas; (iii) apoio às comunidades; e (iv) desenvolvimento científico e tecnológico.

O primeiro pilar é composto por três principais iniciativas. A primeira delas é a Plataforma Verde JBS, uma plataforma blockchain que vai permitir que a Companhia inclua em sua base de monitoramento os fornecedores de seus fornecedores de bovinos até 2025.

A segunda iniciativa é o compartilhamento da tecnologia de monitoramento de fornecedores da empresa e da política de compra responsável com sua cadeia de valor, o que inclui toda a indústria de alimentos, desde pecuaristas, agricultores a instituições financeiras e do agronegócio. A terceira iniciativa será o apoio ambiental, agropecuário e jurídico aos fornecedores. 

Os outros três pilares serão alcançados por meio da atuação do Fundo JBS pela Amazônia para financiar ações e projetos para o desenvolvimento sustentável no bioma. A Companhia vai aportar R$ 250 milhões, nos primeiros cinco anos, podendo chegar a R$ 500 milhões até 2030.

Fundo JBS pela Amazônia

A empresa anuncia também a constituição do Fundo JBS pela Amazônia, dedicado a financiar iniciativas e projetos para ampliar a conservação da floresta e o desenvolvimento sustentável das comunidades que nela vivem.

“Nosso programa é baseado em quatro pilares. O sucesso vai depender do engajamento de todos. O Fundo JBS pela Amazônia visa alcançar R$ 1 bilhão em doações até 2030. Para cumprir as metas do Fundo, a JBS se compromete a igualar as doações feitas por terceiros até que o aporte da JBS atinja R$ 500 milhões. Além disto, a JBS se compromete com uma doação mínima de R$ 25 milhões nos primeiros cinco anos para garantir o início das atividades do Fundo e a implementação de suas atividades”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni.

Serão apoiados projetos em três frentes: conservação e restauração da floresta; desenvolvimento socioeconômico das comunidades e desenvolvimento científico e tecnológico.

(Reprodução/ Internet)
(Reprodução/ Internet)

O Fundo será presidido por Joanita Maestri Karoleski, ex-CEO da Seara, com o apoio de um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal, um Conselho Consultivo e um Comitê Técnico (veja nomes abaixo). O Comitê Técnico e o Conselho Consultivo auxiliarão na escolha de projetos que receberão aportes do Fundo, que será auditado pela KPMG. Todo o processo será reportado e os resultados publicados no site.

Tolerância zero

Para o diretor de sustentabilidade da JBS, Márcio Nappo, o sistema utiliza critérios de sustentabilidade com tolerância zero para desmatamento, invasão de áreas protegidas como Terras Indígenas, uso de áreas embargadas pelo Ibama e fazenda envolvidas com trabalho análogo à escravidão. “O monitoramento feito pela JBS já permitiu o bloqueio de mais de nove mil fazendas em situação de não conformidade com nossas políticas. Entendemos que conter o desmatamento na Amazônia requer um esforço de todos”, finalizou.