Tocantins registra mais de 5 mil focos de queimadas em 2022, aponta levantamento

Em um espaço de 15 dias, o Estado registrou 720 novos casos de incêndio florestal (Reprodução/Luiz Henrique Machado)

14 de agosto de 2022

15:08

Beatriz Araújo – Da Agência Amazônia

MANAUS – De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Estado do Tocantins bateu novo recorde no desmatamento ambiental, nos primeiros oito meses deste ano, e continua ocupando a segunda posição no ranking nacional, com relação aos focos de queimadas, ficando atrás somente do Mato Grosso com 9.587 registros. O estudo apontou que entre os dias 1° de janeiro a 11 de agosto houve o registro de 5.003 focos de queimadas na região.

Somente nos primeiros 11 dias deste mês, Tocantins registrou 518 focos de incêndios florestais. Considerando a classificação em relação somente ao mês de agosto, o Estado aparece em 5° lugar na lista nacional, ficando para trás apenas do Pará, com 1.838 registros, o Amazonas, com 1.173 incêndios, Maranhão, com 994 e o Mato Grosso, com 808 focos de queimadas, regiões que ocuparam as primeiras posições do ranking.

Em estudo recente, divulgado em julho, o Inpe também divulgou dados considerando o período de 1° de janeiro até o dia 27 do último mês, no qual apontava que Tocantins já registrava 4.283 focos de queimadas, ou seja, entre os dias 27 de julho a 11 de agosto, em um espaço de 15 dias, o Estado registrou 720 novos casos de incêndio florestal.

O estudo apontou que entre os dias 1° de janeiro a 11 de agosto houve o registro de 5.003 focos de queimadas na região (Luíz Henrique Machado)

A cidade de Lagoa da Confusão é o município com mais casos de incêndio registrados conforme o estudo, com 574 focos de queimadas, seguido do município de Formoso de Araguaia, com 559 focos de incêndio.

Cenário semelhante

Com 6.423 mil focos de incêndio registrados, o Tocantins também bateu recorde, em 2021, nos primeiros oito meses do ano. À ocasião, o Inpe mostrou que o crescimento correspondia a 35% das queimadas registradas, em 2020, quando eram totalizados cerca de 4.732 focos no mesmo período.

Segundo a Defesa Civil do Estado, o fogo tem destruído não só as pastagens de fazendas locais, mas também Áreas de Preservação Permanente (APP), regiões usadas para o plantio de soja e reservas legais.

Origem dos incêndios

Como fonte dos incêndios na região tocantinense, o estudo apontou que as queimadas não são causadas pelas ações humanas ou pelo processo natural do meio ambiente, mas pelos manejos integrados do fogo, ou seja, a queima controlada por brigadistas. O que possibilita que exista controle para desastres futuros.

No entanto, os focos de queimadas ainda são causados de forma intencional ou acidental, que nesse caso são consideradas as ações causadas pelos seres humanos.