21 de outubro de 2021
20:10
Bruno Pacheco – Da Cenarium
MANAUS – O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) determinou nesta quinta-feira, 21, que as novas eleições municipais em Coari, a 363 quilômetros de Manaus, no Amazonas, aconteçam no próximo dia 5 de dezembro. A decisão ocorre após o imbróglio na Justiça que culminou na cassação do ex-prefeito Adail Filho, e do vice, Keitton Pinheiro, que foram reeleitos em 2020.
Segundo nota divulgada pelo TRE-AM, a Corte Eleitoral analisou a decisão proferida pelo ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou a imediata realização de novas eleições majoritárias em Coari e, com base em critérios técnicos que delimitam o tempo necessário para realização de um pleito, definiu o tempo necessário para o nova data.
“Está definida, portanto, a data de 5 de dezembro de 2021 para a realização da eleição suplementar para o Executivo Municipal de Coari. O TRE-AM logo divulgará o calendário pertinente ao pleito, com as datas desde o início do registro de candidaturas até a diplomação dos eleitos”, diz trecho da nota.
Fim da ‘dinastia’
Adail Filho e Keitton Pinheiro foram eleitos nas eleições municipais de 2020, em Coari. Eles, no entanto, não chegaram a assumir os cargos de prefeito e vice do município por conta da decisão do TRE-AM que pôs fim à “dinastia” da família Pinheiro. A Corte Eleitoral entendeu que Adail estaria indo para um terceiro mandato consecutivo do mesmo núcleo familiar, já que o pai dele, Adail Pinheiro, foi prefeito da cidade antes do mandato do filho, mesmo também sendo cassado.
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A decisão do TRE-AM atende a ação da Coligação Ficha Limpa para Coari, do ex-candidato a prefeito da cidade Robson Tiradentes (PSC), e leva em consideração a impugnação impetrada na Justiça pelo estudante de Direito Raione Cabral de Queiroz e por Rafael de Souza Rosário.
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Em abril deste ano, o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou recurso de Adail Filho contra a decisão do TRE-AM que o afastou da prefeitura. O fim da dinastia da família Pinheiro, no entanto, só foi confirmada no começo de outubro deste ano, quando o TSE manteve a decisão da Corte Eleitoral do Amazonas.