Vozes da Amazônia conquistam espaço em plataformas de streaming; conheça nove artistas da região

Artistas da Amazônia se destacam no cenário da música (Arte: Catarine Hak/ Cenarium)

28 de janeiro de 2022

09:01

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – Cada vez mais artistas da Amazônia Legal vêm tomando espaço nas plataformas de streaming. Por isso, a CENARIUM separou nove artistas que vão fazer você curtir ainda mais o dia e ainda pode colocar na playlist para compartilhar com os amigos e familiares. Vale lembrar que a Amazônia abrange 49% do território nacional e é formada pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e uma parte do Maranhão.

Acre

No Estado do Acre, o destaque é a cantora Sandra Buh. Ela é atriz, cantora, figurinista, professora e nasceu no Seringal Sacada da Samaúma, no município de Brasileia, no Acre, onde teve o primeiro contato com a arte. Começou a carreira profissional em 1988, quando tinha 18 anos.

“Eu nunca tinha tido contato com a casa de espetáculo e na época chamaram Ivan de Castela e Antônio de Alcântara para nos ajudar, e eu fui. Foi a primeira vez que entrei em um teatro para me apresentar. Foi no Cine Teatro Recreio e a partir daí eu me envolvi completamente e comecei a me apresentar nos teatros”, declarou ao portal Continet.

A cantora Sandra Buh (Divulgação/ Talita Oliveira)

Tocantins

Já no Tocantins, o cantor Sebastião Barroso, também conhecido “Braguinha Barroso”, nasceu em Tocantinópolis e iniciou a carreira quando ainda estudava, quando foi escolhido para fazer parte de um coral. Logo em seguida, começou a tocar em eventos e engatou uma parceria com Neusinha Bahia, na qual eternizaram a história de Palmas com a música “Canção de Amor a Palmas”.

O cantor e compositor Braguinha Barroso (Divulgação)

Roraima

Em Roraima, o artista Neuber Uchôa, nascido em 1959, começou a cantar em programas de auditório já aos 3 anos. Aos 13 anos, decidiu aprender a tocar violão e passou a compor. Em 1984, Neuber e outros artistas locais montaram o “Movimento Roraimeira”, com a valorização do regionalismo. O artista se tornou patrimônio da música em Roraima.

Neuber Uchôa tocando violão (Divulgação)

Rondônia

Rondônia, por sua vez, carrega o artista Alex Ferrari, nascido em Ariquemes no dia 21 de abril de 1982. Ficou conhecido pela composição que rodou o Brasil “Bara Bará Bere Berê”. A música alcançou a primeira posição no ranking de músicas na França, em 2012. Além disso, Alex compôs a música “Gatinha Assanhada” com o cantor Gabriel Valim, regravada também pelo cantor Gusttavo Lima.

O cantor Alex Martins (Reprodução/ Internet)

Amazonas

No Amazonas, a cantora Duda Raposo, apesar de ter somente 19 anos, luta para conquistar seu espaço no cenário local. Desde pequena, ela sempre teve contato direto com a música. Antigamente, aos domingos, relembra a artista, era rotina reunir a família, fazer um churrasco e colocar CDs de todos os gêneros no volume máximo. Com isso, Duda foi sendo inserida nesse caminho, mesmo que despretensiosamente.

Cantora amazonense Duda Raposo (Divulgação)

Mato Grosso

Já no Mato Grosso, o cantor e compositor brasileiro Airo Barcelos nasceu em Rondonópolis, no dia 21 de dezembro. O artista teve mais de 250 músicas gravadas por grandes nomes da música sertaneja, como Bruno & Marrone, Edson & Hudson, João Bosco & Vinícius e Michel Teló. Airo faleceu aos 34 anos, e foi considerado, em 2020, um dos maiores compositores de todos os tempos.

O artista Airo Barcelos (Reprodução/ Internet)

Amapá

Patricia Bastos, do Amapá, passou a se dedicar à música aos 18 anos. Teve participações em festivais, onde alcançou prêmios no Festival da Canção Amapaense, no Festival Internacional de Goiás, e desde então passou a se destacar por conta do seu timbre de voz e afinação. Com isso, passou a tocar e cantar em bares da cidade de Macapá e compartilhou momentos com Nico Rezende, Lô Borges e Nilson Chaves.

Artista amapaense Patricia Bastos (Divulgação)

Pará

Aos 82 anos, Ionete da Silveira Gama, também conhecida como “Dona Onete”, nasceu no interior do Pará, em Belém. Foi secretária de Cultura e professora de História e Estudos Paraenses. Fundou também o grupo de Danças Folclóricas e Agremiações Carnavalescas.

A artista é conhecida ainda como a “Diva do carimbó chamegado”. Foi professora durante 25 anos, mas seu sonho sempre foi viver da música. Em 2012, Onete lançou o seu primeiro CD, com boleros e carimbó. Em 2016, lançou o CD “Banzeiro” e hoje carrega em seu repertório mais de 300 canções.

Dona Onete, artista representando o Pará (Reprodução/ Internet)

Maranhão

Do Maranhão, Cecília Leite é formada em dança e desde criança teve acesso à arte. A artista só se assumiu como cantora em 1999. Antes, trabalhava como repórter na Rede Globo. Como jornalista, trabalhou na área de cultura e foi assim que entrou no universo do samba carioca. Fez seu primeiro show no Beco das Garrafas, na reabertura relâmpago do “Little Club”.

Do Maranhão, Cecília Leite (Reprodução/ Internet)